sexta-feira, 22 de maio de 2009

DJ ALLAN NATAL INTERVIEW


O site FarofaDigital entrevistou Allan Natal, confira o que rolou abaixo:
É fato consumado, idade não afirma talento de ninguém e Allan Natal é uma resposta disso!
Allan Natal é aquele grande orgulho da cena eletrônica brasileira que teve seu talento difundido em todo o mundo, tornando-se um DJ nacional de referência internacional.
Nascido em Belo Horizonte, este mineiro simpático e com cara de garotão, sabe muito bem comandar uma pick-up e manter a vibe de uma pista durante horas. Seu talento e simpatia lhe rendem o retorno à Salvador, dessa vez num club à altura do seu respeitado trabalho.
Para você ficar naquela ansiendade, doido para que chegue logo o sábado e se jogar no pistão da Off, batemos um papo com este mineirinho de 23 anos, dono de um grande prestígio no cenário da música eletrônica mundial!
Você é DJ de profissão e vive de ser DJ?
Vivencio a música desde pequeno e comecei a trabalhar profissionalmente como produtor musical aos 16 anos, três anos depois estreei como DJ.
Além de DJ e Produtor, sou autor, compositor e editor.
Hoje vivo da música, é minha profissão e minha vida!
Você toca em todas as cenas ou se classifica como DJ da cena gay nacional?
Atualmente meu trabalho tem grande audiência principalmente pelo publico gay, mas faço o mesmo sem rótulos. Acho que a música não pode ter fronteiras e nem restrições, pelo contrário, a música tem o poder de unir as pessoas, independente das diferenças!
Um bom DJ da cena gay tem de ser gay para entender o público?
Não necessariamente! Acho que não existem regras para isso. No circuito nacional, por exemplo, existem grandes nomes que conseguiram conquistar seu lugar ao sol e merecem nosso total respeito.
As suas produções estão baseadas apenas ao tribal ou você explora outras vertentes da house music?
Eu tenho varias influências musicais como o Trance, o Dance e principalmente a House Music em suas variadas vertentes. Minhas produções sempre têm vários elementos de diferentes segmentos, procuro explorar outros estilos, novos sons e ritmos.
Como está a sua carreira internacional recente?
Tem menos de um ano que iniciei minha carreira Internacional como DJ, e tem sido uma grande e deliciosa experiência. Representar meu país no exterior é uma grande honra. Já fui duas vezes ao México e agora estou indo pela terceira vez em junho, para uma turnê especial de eventos oficiais do Gay Pride deles.
No final deste mês embarco para Toronto (Canadá) onde me apresento pela primeira vez no Club FLY e em julho tenho uma apresentação no Club Parking, desta vez em Montreal (Canadá).
E já estamos estudando outras propostas para apresentação em outros países também!
Em sua primeira vinda à Salvador, quais foram as suas impressões relacionadas a cidade?
Foram as melhores possíveis! Apesar de ter ficado pouco tempo, achei a cidade linda. Seu povo caloroso, alegre e de energia ímpar garantiram uma vibe perfeita! Quero voltar sempre e trazer amigos comigo!
O tribal segue um estilo só ou já podemos dizer que o tribal se agrega a vários outros estilos de tribal?
Quando falamos em tribal, todos associam à forte influência africana, com tambores e etc. Mas atualmente existem músicas, principalmente da Europa, que apesar de não serem intituladas como tribal utilizam percussões sintéticas (programadas por sintetizadores) e seguem o mesmo compasso.
O que é mais difícil ser DJ, produtor ou serem os dois ao mesmo tempo?
Eu nunca achei a profissão de DJ fácil, e muito menos a de produtor.Infelizmente algumas pessoas pensam que é fácil! Mas não é! Como em qualquer trabalho, tem que ter muita dedicação, aptidão, força de vontade e principalmente por ser uma profissão artística, tem que ter talento.
Para mim, com certeza uma profissão complementa a outra quando se sabe trabalhar isso.
Como é feita a produção de um single?
A produção de um single é muito bem estudada e planejada.
Tem vários passos, geralmente começa pela criação da partitura, depois é preciso registrar a obra nos órgãos responsáveis, passa pelo estúdio, produção, mixagem, masterização, edição e por fim vai para a gravadora, que se responsabiliza pelo lançamento do trabalho e disponibilizá-lo a venda. Um single profissional pode demorar até três meses ou mais desde o começo até o lançamento.
Qual o seu maior prazer em ser Deejay?
Meu maior prazer como DJ é transmitir minha mensagem e sentir que ela foi captada, é transmitir alegria e energia positiva para as pessoas, as ver vibrando com meu som, com minha história naquele contexto e claro, um prazer especial quando as músicas são minhas!
O que você acha do projeto de lei, de autoria do senador Romeu Tuma (PTB-SP), que regulamenta a profissão de DJ?
Eu achei ótimo! Apesar de ter vindo um pouco atrasado...
Esta lei é extremamente importante para quem trabalha profissionalmente e depende exclusivamente disso.
E como você analisa esta disseminação de DJs emergentes no Brasil?
Eu acho como em qualquer outra profissão, o trabalho tem que ser levado a sério.
Acredito que para ser DJ de verdade não é simplesmente baixar músicas, pegar um PC, instalar um programa que mixa, e fazer a festa... Não funciona assim. Aconselho para quem quer seguir nesta profissão que a leve sério, estude, se dedique e sempre tenha respeito pelos outros colegas da profissão.
Ser DJ é coisa séria ou é Hobby?
Bem, com certeza também pode ser levado como hobby, mas desde que respeite os profissionais sérios.
Quais os projetos futuros de Allan Natal?
Hoje estou em parceria com a cantora Joe Welch, e recentemente lançamos uma regravação do clássico de Bonnie Taylor: “Total Eclipse Of The Heart”. Já estamos trabalhando em mais três novos singles. Também estou trabalhando novas músicas próprias (composições), que em breve serão lançadas! Atualmente estou finalizando um remix oficial para Tony Moran e para outros grandes nomes da cena!
Quanto ao futuro mais tardio, espero atingir maior reconhecimento e que eu possa levar minha música a mais e mais pessoas ao redor do mundo!
Como está a sua expectativa para tocar na Off club?
Mal posso esperar! Tenho me apresentado por todo o país e no exterior, como falado antes, volto à Salvador a pedido do público baiano e a convite da proprietária que pelo visto preza muito por qualidade já que sempre vejo meus amigos de profissão se apresentando por lá. Será minha primeira vez no clube e espero colaborar para uma noite inesquecível!
Convido a todos de Salvador e região para curtirmos juntos, esta grande festa!

Um comentário:

Patius disse...

looking forward seeing this DJ in Montreal - haven't heard too much of him yet, but if Parking is booking him, it is because he is doing something good - stay tune for my review of the night

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